segunda-feira, 30 de maio de 2011

Existência de Deus

1. Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, a base sobre que repousa o edifício da criação, é também o ponto que importa consideremos antes de tudo.
2. Constitui princípio elementar que pelos seus efeitos é que se julga de uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta.
Se, fendendo os ares, um pássaro é atingido por mortífero grão de chumbo, deduz-se que hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto. Nem sempre, pois, se faz necessário vejamos uma coisa, para sabermos que ela existe. Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas.
3. Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente.
Se perguntassem qual o construtor de certo mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez a si mesmo? Quando se contempla uma obra-prima da arte ou da indústria, diz-se que há de tê-la produzido um homem de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la. Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana; mas, a ninguém acudirá a idéia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, nem, ainda menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso.
4. Em toda parte se reconhece à presença do homem pelas suas obras. A existência dos homens antediluvianos não se provaria unicamente por meio dos fósseis humanos: provou-a também, e com muita certeza, a presença, nos terrenos daquela época, de objetos trabalhados pelos homens. Um fragmento de vaso, uma pedra talhada, uma arma, um tijolo bastarão para lhe atestar a presença. Pela grosseria ou perfeição do trabalho, reconhecer-se-á o grau de inteligência ou de adiantamento dos que o executaram. Se, pois, achando-vos numa região habitada exclusivamente por selvagens, descobrirdes uma estátua digna de Fídias, não hesitareis em dizer que, sendo incapazes de tê-la feito os selvagens, ela é obra de uma inteligência superior à destes.
5. Pois bem! Lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos se sustente que há efeitos sem causa.
6. A isto opõem alguns o seguinte raciocínio:                                                               
As obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas leis. As plantas
nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre da mesma maneira, cada uma na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis; cada indivíduo se assemelha ao de quem ele proveio; o crescimento, a floração, a frutificação, a coloração se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade, etc. O mesmo se dá com os animais. Os astros se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre. O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato. Ora, as forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas.
Tudo isso é verdade; mas, essas forças são efeitos que hão de ter uma causa e ninguém pretende que elas constituam a Divindade. Elas são materiais e mecânicas; não são de si mesmas inteligentes, também isto é verdade; mas, são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente. Um pêndulo se move com automática regularidade e é nessa regularidade que lhe está o mérito. É toda material a força que o faz mover-se e nada tem de inteligente. Mas, que seria esse pêndulo, se uma inteligência não houvesse combinado, calculado, distribuído o emprego daquela força, para fazê-lo andar com precisão? Do fato de não estar à inteligência no mecanismo do pêndulo e do de que ninguém a vê, seria racional deduzir-se que ela não existe? Apreciamo-la pelos seus efeitos.
A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro; a engenhosidade do mecanismo lhe atesta a inteligência e o saber. Quando um relógio vos dá, no momento preciso, a indicação de que necessitais já vos terá vindo à mente dizer: aí está um relógio bem inteligente?
Outro tanto ocorre com o mecanismo do Universo: Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
7. A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, crêem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles vêem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade. Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas?
A Gênese
Capítulo II - Deus

Os Anjos Segundo o Espiritismo



12. Que haja seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, não restam dúvidas. A revelação espírita neste ponto confirma a crença de todos os povos, fazendo-nos conhecer ao mesmo tempo a origem e natureza de tais seres.
As almas ou Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem conhecimentos nem consciência do bem e do mal, porém, aptos para adquirir o que lhes falta.
O trabalho é o meio de aquisição, e o fim — que é a perfeição — é para todos o mesmo. Conseguem-no mais ou menos prontamente em virtude do livre-arbítrio e na razão direta dos seus esforços; todos têm os mesmos degraus a franquear, o mesmo trabalho a concluir. Deus não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo, e, visto serem todos seus filhos, não tem predileções.
Ele lhes diz: Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem; tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte.
Conseguintemente, Deus não criou o mal; todas as suas leis são para o bem, e foi o homem que criou esse mal, divorciando-se dessas leis; se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.
13. Entretanto, a alma, qual criança, é inexperiente nas primeiras fases da existência, e daí o ser falível. Não lhe dá Deus essa experiência, mas dá-lhe meios de adquiri-la. Assim, um passo em falso na senda do mal é um atraso para a alma, que, sofrendo-lhe as conseqüências, aprende à sua custa o que importa evitar.
Deste modo, pouco a pouco, se desenvolve, aperfeiçoa e adianta na hierarquia espiritual até ao estado de puro Espírito ou anjo. Os anjos são, pois, as almas dos homens chegados ao grau de perfeição que a criatura comporta, fruindo em sua plenitude a prometida felicidade.
Antes, porém, de atingir o grau supremo, gozam de felicidade relativa ao seu adiantamento, felicidade que consiste, não na ociosidade, mas nas funções que a Deus apraz confiar-lhes, e por cujo desempenho se sentem ditosas, tendo ainda nele um meio de progresso.
14. A Humanidade não se limita à Terra; habita inúmeros mundos que no Espaço circulam; já habitou os desaparecidos, e habitará os que se formarem. Tendo-a criado de toda a eternidade, Deus jamais cessa de criá-la.
Muito antes que a Terra existisse e por mais remota que a suponhamos, outros mundos havia, nos quais Espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorrem os de mais recente formação, atingindo seu fim antes mesmo que houvéramos saído das mãos do Criador.
De toda a eternidade tem havido, pois, puros Espíritos ou anjos; mas, como a sua existência humana se passou num infinito passado, eis que os supomos como se tivessem sido sempre anjos de todos os tempos.
15. Realiza-se assim a grande lei de unidade da Criação; Deus nunca esteve inativo e sempre teve puros Espíritos, experimentados e esclarecidos, para transmissão de suas ordens e direção do Universo, desde o governo dos mundos até os mais ínfimos detalhes.
Tampouco teve Deus necessidade de criar seres privilegiados, isentos de obrigações; todos, antigos e novos, adquiriram suas posições na luta e por mérito próprio; todos, enfim, são filhos de suas obras.
E, desse modo, completa-se com igualdade a soberana justiça do Criador.
O Céu e O Inferno
Capítulo VIII – Os Anjos

domingo, 29 de maio de 2011

Perguntando


Já foi o tempo em que se aceitava qualquer coisa que se dizia sem raciocinar a respeito. Somos seres pensantes e inteligentes e devemos fazer uso dessa inteligência para chegar a conclusões lógicas sobre qualquer coisa, principalmente as religiosas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Resposta de Tudo

www.willtirando.com.br

Criança Vê! Criança Faz! Dê o exemplo!

“Faça o que eu digo, não faça o que eu faço!”. Todos nós já ouvimos esta celebre frase por aí em algum momento da vida. Ela é bem equivocada, diga-se de passagem. Sabe-se há algum tempo que as crianças aprendem por imitação, e o espelho delas é justamente os pais ou as pessoas que as criam ou lhes são próximas. Por este motivo é fundamental que se dêem bons exemplos para que assim possamos ter pessoas melhores no futuro. O vídeo abaixo ilustra muito bem isso.

Vídeo sugerido por Nadine Souza

Semi-Independente


No meu caso é complicado levar roupa para minha mãe lavar, ela mora em Goiânia.
Raphael

Imagem tirada de www.ohnime.blogspot.com

sábado, 21 de maio de 2011

Desabafo de uma Professora

Não é novidade para ninguém que a educação no Brasil nunca foi prioridade. Eu como futuro professor me preocupo com a questão da educação e com a desvalorização da minha classe que queira ou não é tão ou mais importante que muitas outras, pois é através do professor que passam todos os outros profissionais.
Em uma audiência pública no estado do RN a professora Amanda Gurgel silencia os Deputados com o discurso que segue:

Raphael

As várias faces de Darth Vader

Autoria de Emerson do blog www.ohnime.blogspot.com

Explicando as coisas do mundo

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Morte é uma Piada


Por que a morte é uma piada? Porque a vida continua!

Hoje no teatro Juquinha Diniz tivemos a apresentação da peça “a morte é uma piada” com Renato Prieto. O Teatro ficou completamente lotado e todos que ali estiveram se divertiram muito por pouco mais de uma hora.

Renato tratou do tema morte de uma forma muito bem humorada. Piadas “do mundo”, piadas com teor espírita, mensagens bonitas e belas músicas cantadas pelos atores fizeram parte do enredo.

Uma das mensagens que me chamou a atenção foi uma da Madre Tereza de Calcutá que segue:

“Se você é...

Se você é um vencedor,
terá alguns falsos amigos
e alguns amigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco,
as pessoas podem enganá-lo
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir
Alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja você que, no final de tudo
Será você ... e Deus.

E não você ... e as pessoas!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Jogos violentos afetam as pessoas?


Denis Lee é um paulista que sempre posta vídeos no youtube analisando diversos temas.
A violência é um tema muito debatido na sociedade, principalmente quando acontecem atos bárbaros com aquele ocorrido na escola do Rio de Janeiro, onde um jovem entrou atirando e matou algumas crianças. Atribui-se ao comportamento violento, vários fatores como: pobreza; pais ausentes; bullying; entre outros. Além destes fatores citados, nós espíritas também atribuímos às tendências negativas que o espírito trás de outras encarnações.
Muitas pessoas consideram os jogos violentos, um agravante a mais para esse contexto de violência. No vídeo abaixo, Denis Lee analisa essa questão.

domingo, 15 de maio de 2011

Einstein

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História de Cinema

O Perispírito


José Monteiro Lima

"Há corpo animal e há corpo espiritual" diz São Paulo (1 Cor. 15:44). Com efeito, esse corpo espiritual de São Paulo é o perispírito dos espíritas de hoje. O perispírito, aliás, não é coisa nova.
No Antigo Egito os sacerdotes ensinavam que além do ka", o Espírito, emanação divina, havia uma forma imaterial "sahu", o fantasma propriamente, que reproduzia exatamente os traços do corpo físico e que se manifestava aos encarnados.
Na Grécia antiga, a doutrina inspirada pelos hinos órficos ensinava: "Amai a luz, e não as trevas. Lembrai-vos da finalidade da vossa viagem. Quando as almas voltam ao mundo espiritual trazem marcadas sobre os seus corpos etéreos, em manchas horrendas, todas as faltas da sua vida e, para as apagar, é necessário voltar à Terra. Mas os puros e os fortes se vão para o sol de Dionísio".
Na Índia se fala também desse corpo espiritual, porque ele próprio se impõe como uma realidade incontestável.
Mas não desejamos deter-nos em detalhes nem em considerações dos antigos filósofos. Preferimos abordar rapidamente as importantes funções do perispírito no plano material, assim como as suas conseqüências no plano espiritual.
O corpo espiritual, isto é, o perispírito está em cada um de nós intimamente ligado ao corpo físico e é tanto mais sutil quanto mais elevado se acha o ser na escala da perfectibilidade. Vaporoso para nós encarnados é, no entanto, bem grosseiro ainda para os desencarnados; contudo, os Espíritos purificados podem elevar-se com ele na atmosfera e transportar-se aonde queiram.
As suas funções no corpo físico são múltiplas e preside a todos os fenômenos fisiológicos da respiração, da alimentação e assimilação dos alimentos, extraindo toda a matéria aproveitável, afeiçoando-a a cada órgão e eliminando do corpo todos os elementos que lhe sejam inúteis ou nocivos. Com efeito, o nosso organismo é uma complicada máquina que funciona à nossa revelia, sem que, nem de leve, suspeitemos da sua complexidade.
Um elevado Espírito, respondendo numa sessão a um jornalista inglês que lhe perguntara sobre o perispírito, disse: "Tenho um corpo que é uma reprodução do que tive na Terra: as mesmas mãos, pernas e pés, que se movem como o fazem os vossos. Na Terra eu tinha o corpo físico interpenetrado do corpo etéreo que ora tenho. O etéreo é o corpo real e é cópia perfeita do corpo terreno. Por ocasião da morte, emergimos de nossa cobertura de carne e continuamos a nossa vida no mundo etéreo, funcionando aqui por meio do corpo etéreo, exatamente como funcionávamos na Terra, metidos no corpo físico. O corpo etéreo é aqui tão substancial para nós como o era o corpo físico quando vivíamos na Terra. Temos as mesmas sensações. Sentimos e vemos como na Terra. Embora não sejam materiais, conforme entendeis esta palavra, os nossos corpos têm forma, aspecto e expressão".
É ainda no perispírito que ficam registradas as nossas ações e os nossos atos, bons ou maus. De fato, todos os acontecimentos da nossa vida são maravilhosamente registrados em nosso perispírito, nos seus mínimos detalhes; nada se perde.
Segundo recente declaração do Dr. Wilder Penfield, diretor do Instituto de Neurologia de1 Montreal, Canadá, o nosso perispírito grava, como num filme, todos os acontecimentos da nossa vida. A recordação é de tal modo viva que é como se o indivíduo voltasse a reviver as mesmas cenas, os mesmos fatos.
Pelos fatos registrados nas obras espíritas já sabíamos que em momentos críticos, como nos acidentes graves, nas quedas perigosas, na asfixia por afogamento, etc., o indivíduo pode rever, com incrível nitidez, a sua vida até aquele momento, como se assistisse a um filme no qual ele próprio tomasse parte.
Naturalmente os seus atos bons são motivos de satisfação para o seu Espírito, enquanto os atos maus são motivos de tristeza e arrependimento. Por aí se pode avaliar a situação dolorosa de certos Espíritos libertos da carne, tendo diante de si, permanentemente, os acontecimentos deploráveis que desejariam esquecer.
Eis um fato significativo que comprova as afirmações do Dr. Penfield. O almirante Beaufort, quando ainda jovem, caiu de um navio à água do porto de Portsmouth. Antes que fosse possível ir em seu socorro, desapareceu; ia morrer afogado.
Depois de algumas considerações sobre a angústia do primeiro momento, diz ele:
"Com o enfraquecimento dos sentidos coincidiu uma superexcitação extraordinária da atividade intelectual; as idéias sucediam-se com rapidez prodigiosa. O acidente que acabara de dar-se, o descuido que o motivara, o tumulto que se lhe deveria ter seguido, a dor que iria alcançar meu pai e outras circunstâncias intimamente ligadas ao lar doméstico, foram o objeto das minhas primeiras reflexões. Depois, veio-me à memória o último cruzeiro, viagem acidentada por um naufrágio; a seguir, a escola, os progressos que nela fizera e também o tempo perdido, finalmente, as minhas ocupações e aventuras de criança. Em suma, a subida de todo o rio da vida, e quão pormenorizada e precisa"! E acrescenta: "Cada incidente da minha vida atravessava-me sucessivamente a memória, não como simples esboço, mas com as particularidades e acessórios de um quadro completo! Por outras palavras, toda a minha existência desfilava diante de mim numa espécie de vista panorâmica, cada fato com a sua apreciação moral ou reflexões sobre suas causas e efeitos. Pequenos acontecimentos sem conseqüências, há muito tempo esquecidos, se acumulavam em minha imaginação como se tivessem passado na véspera. E tudo isso sucedeu em dois minutos”.
(Léon Denis, "O Problema do Ser", pág. 173)
Com efeito, todos os atos da nossa vida são maravilhosamente registrados em nosso perispírito. Os menores detalhes são cuidadosamente guardados para, no momento preciso, na aflorarem nítidos, inconfundíveis - Eis porque Jesus, estabelecendo a nossa responsabilidade diante da vida, diz: "Até os cabelos da vossa da cabeça estão contados”.
Reformador - julho/1970 - pg. 161
 Fonte: Portal do Espírito

O Perispírito ou Corpo Astral, segundo Geley


Prospero Musso De La Consciência






Perispírito tem na Doutrina Espírita uma importância capital, constitui o princípio intermediário entre a matéria e o Espírito, o meio de união entre a Alma e o corpo, as condições necessárias para as relações entre o Moral e o físico.
É composto á quinta essência dos elementos combinados das relações anteriores. Evoluciona e progride com a Alma e tanto mais sutil é e tanto menos material, quanto mais elevado e perfeito é o indivíduo.
O Perispírito assegura a conservação da individualidade, fixa os progressos já conseguidos, sintetiza, numa palavra, o avanço do estado do ser. Serve de molécula, de molde orgânico para toda nova encarnação, condensando-se no embrião; agrupa em uma ordem dada, moléculas materiais e assegura o desenvolvimento normal do organismo. Sem o Perispírito, o resultado da fecundação não seria mais que um tumor informe.
O Dr. Gustavo Geley, diz: O Perispírito assegura também a sustentação do corpo e suas reparações em idêntica ordem durante a perpétua renovação das células. Sabe-se que o corpo se transforma por completo no espaço de alguns meses.
Sem a força misteriosa do Perispírito a personalidade do ser variaria constantemente em cada uma destas mudanças.
O Perispírito não está estreitamente aprisionado ao corpo do encarnado; irradia mais ou menos fora dele, segundo sua pureza. Esta irradiação constitui o que se chama aura. Inclusive, pode às vezes, mesmo em pouca proporção, separar-se momentaneamente do encarnado ao qual só permanece ligado por ligeiro fluido.
Neste estado de desencarnação relativa, o ser pode tomar conhecimento de fatos ocorridos longe dele e demonstrar que possui faculdade anormal.
Se o Perispírito leva moléculas materiais consigo, em grande número, poderá agir a grande distância e também exercer certa influência sobre a vista ou os outros sentidos das pessoas que encontre em seu caminho; neste caso representa exatamente o que se chama em termo espiritista, o duplo exato do seu corpo.
O Dr. Geley, diz: A Alma. Esta síntese compreende numerosos elementos que podem agrupar-se nas categorias
1.°) elementos adquiridos em encarnações anteriores;
2.°) elementos adquiridos na encarnação atual.
No primeiro caso, são as recordações das personalidades passadas e o conhecimento de todos os fatos importantes das existências sucessivas.
Esses elementos não estão na consciência normal; esquecidos na aparência, são conservados integralmente pelo Perispírito. A consciência total, isto é, o produto dos progressos realizados desde o começo da evolução.
A Alma : é a parte essencial da individualidade, a que constitui seu verdadeiro grau de avanço e aperfeiçoamento ; é o eu real, que a personalidade atual oculta mais ou menos. Toda nova encarnação a dissimula momentaneamente, pelos elementos que leva consigo.
Da herança : A herança é dupla, física e psíquica.
A herança física é evidente e muito importante, visto que dela depende, em parte, o bom estado do instrumento orgânico (dos Pais). A herança intelectual e moral, quase sempre ausente (em absoluto).
Pelo que precede, vê-se claramente que a consciência normal de um ser encarnado não constitui toda sua individualidade pensante. De acordo com as teorias da ciência, a doutrina espírita, admite que a síntese psíquica é muito mais extensa.
A Alma compreenderia uma parte consciente e outra inconsciente, ou melhor, subconsciente; esta última é, sem duvida, a mais importante.
Com efeito, admitindo a teoria das existências múltiplas, a parte subconsciente da Alma compreenderia uma série infinita de recordações veladas momentaneamente, mas gravadas no Perispírito.
A parte subconsciente compreenderia: a consciência total, o eu real, produto de todos os progressos passados, e muito superior em todos os seres, avançados do que o seu eu aparente.
Revista Internacional de Espiritismo – Julho de 1961

Fonte: Portal do Espírito


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Terremoto- 2ª teoria

www.umsabadoqualquer.com

Terremoto- 1ª teoria

Fonte: www.umsabadoqualquer.com

Espitirinhas



Coisa de gênio, coisa de outras vidas


Gregory Robert Smith é um norte-americano de 13 anos de idade e poderia ser um pré-adolescente comum se já não estivesse prestes a cursar um doutorado em Matemática em Oxford. Sim, doutorado. Aliás, a precocidade dele surpreende. Aos 14 meses resolvia problemas simples da sua matéria preferida, quando aos 10 anos começava a graduação pela Randolph-Macon College, em Washington. Greg chega a cobrar 10 mil dólares por palestra e teve seu nome indicado pela segunda vez ao Prêmio Nobel da Paz pela sua defesa de crianças pobres no mundo. Um talento precoce conhecido, entre outros, foi o do compositor Mozart. Ele compôs minuetos aos 5 anos e escreveu sua primeira ópera aos 14 anos.
Os casos de crianças superdotadas sempre chamaram a atenção. A ciência não possui uma explicação convincente sobre o assunto, alega, apenas, se tratar de uma predisposição genética associada a rápida reação a estímulos externos. Precocidade, porém, não seria mais sinônimo de genialidade. O gênio seria aquele que conseguiria agregar valor, trazer algo de novo a humanidade e não simplesmente ser alguém com uma capacidade acelerada de produção comparada à média geral. Os gênios representariam 0,1% da população mundial, segundo estatísticas otimistas.
O debate sobre o que é realmente a inteligência nunca foi tão promissor como atualmente. Muitas teorias têm ampliado o conceito de inteligência, fugindo ao esquema ultrapassado de medição dela pelo Quociente Intelectual, o Q.I. mediante aplicação do Teste de Binet. Gênios como Greg teriam Q.I. entre 160 a 180, mas o que esse número responderia sobre a origem desta “anormalidade”? Para demonstrar a multivariedade de expressão intelectual, Howard Gardner, professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas que permite compreender a manifestação da inteligência humana pelas capacidades verbal-lingüística; lógico-matemática; visual espacial; rítmica musical; corporal sinestésica; interpessoal; intrapessoal e naturalista dos indivíduos. Outros teóricos, entre eles, Daniel Goleman, advertiram que a inteligência teria também um caráter emocional, demonstrado pelo desenvolvimento de competências como autoconhecimento, autogestão, conhecimento do outro e habilidades sociais. Outro professor da Universidade de Harvard, Robert Coles, salientou a existência do que chamou de Inteligência Moral, isto é, a capacidade de refletir sobre o certo e o errado.
O que todas estas teorias não levaram em consideração é a possibilidade da inteligência ser atributo ou conquista do próprio Ser como resultado acumulativo de seus conhecimentos e vivências de existências anteriores, admitindo-se a reencarnação como fato. As idéias inatas que possui são lembranças espontâneas do seu patrimônio particular, em diferentes esferas de expressão, alguns em estado mais latente como nas chamadas crianças-prodígio. Ficaria bem mais fácil compreender toda essa complexidade da mente humana. Mais recentemente, o Doutor Richard Wolman, também de Harvard, incorporou às demais teorias em voga o conceito de Inteligência Espiritual, que seria a capacidade humana de fazer perguntas fundamentais sobre o significado da vida e de experimentar simultaneamente a conexão perfeita entre cada um de nós e o mundo em que vivemos. Não é exatamente o que define a Doutrina Espírita, mas já é um avanço no entendimento integral do indivíduo.
O atual estágio evolutivo dos seres viventes na Terra ainda não permite uma definição mais próxima do que seria afinal o Espírito, tanto que a resposta dada ao questionamento do organizador do Espiritismo, Allan Kardec, fora superficial, quando afirmou que “são os seres inteligentes da criação”, o que dá a entender que é a inteligência um fator preponderante de caracterização do Ser no processo evolutivo, tanto que possui um corpo mental na sua constituição total.
À inteligência, a que se associar a capacidade de utilizá-la para o bem de si próprio, da comunidade que participa e da humanidade. Este é o sinal que ainda estamos bastante lerdos. Quem dera que os novos gênios que chegam a Terra, muitos deles advindos de outras esferas planetárias, venham-nos a ensinar a conjugação perfeita entre precocidade intelectual com desenvolvimento do senso moral. Isso, certamente, seria coisa de gênio.

Carlos Pereira

Os Dez Mandamentos do Jovem Espírita

  1. Modificar-se interiormente para atender aos princípios de vivência trazidos pelo Evangelho, trazendo a expressão do sorriso constante.
     
  2. Estudar incessantemente as obras espíritas, procurando nelas, um aperfeiçoamento para nossa personalidade, para o presente e futuro e participar ativamente da Mocidade Espírita.
     
  3. Exemplificar aos outros, com nossos atos e com nosso comportamento, o que aprendemos no Espiritismo.
     
  4. Orar e vigiar para não cair em tentação.
     
  5. Encarar suas responsabilidades de jovem espírita, com firmeza, obedecendo a horários e empenhando-se, mais e mais no estudo vibrante e esclarecedor para servir com a presteza a qualquer hora a quem quer que seja lembrando três verbos importantes: Trabalhar, Trabalhar, Trabalhar.
     
  6. Recordar sempre que o Espiritismo oferece substâncias de conhecimento e consciência do que, se hoje plantamos o mal, só ele colhemos, sabendo-se que ser jovem é a vez de ser o melhor plantando o bem.
     
  7. Procurar harmonia em seu próprio lar, pois a paz do mundo começa em sua casa, buscando também desapego as futilidades materiais e sociais.
     
  8. Guardar no silêncio das suas orações a imagem de Jesus, abençoando todos os homens do mundo para mais rápida libertação das “virtudes”, que prendem os passos à Espiritualidade maior.
     
  9. Ter responsabilidade moral perante o sexo, a vida e às pessoas.
     
  10. Refazer-se nas suas energias diárias, materiais e espirituais, para assim nunca sentir que a sua hora na Juventude Espírita já ficou para trás; Hoje Comece, Recomece e Continue no trabalho com Deus. Ele lhe dará força para ser um eterno jovem...
(Realização em conjunto pelas Mocidades Espíritas de Barra Bonita, Bocaina, Dois Córregos, Jaú, Mineiros do Tietê e São Manuel integrantes do 22º Depto. de Mocidades, durante o XXI ENJER, de São Manuel, aos 2 de março de 1980).

Fonte: Portal do Espírito


terça-feira, 10 de maio de 2011

DESEJO



Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

Victor Hugo

O HOMEM E A MULHER



O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono;
Para a mulher um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher o coração, o amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o gênio; a mulher o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória;
A aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher a preferência.
A supremacia representa força
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher invencível pelas lágrimas.
A razão convence; a lágrima comove.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; os martírios sublimam.
O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é o templo; a mulher, um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos;
Ante o sacrário ajoelhamo-nos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro;
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que embeleza;
O lago tem a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa; a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal; a consciência;
A mulher tem uma estrela: a esperança.
O fanal guia a esperança salva.
Enfim...
O homem está colocado onde termina a terra;
A mulher onde começa o céu...

Victor Hugo