sábado, 16 de julho de 2011

Homossexualismo e Espiritísmo


 Tunay Ribeiro de Carvalho

Os espíritos não têm sexo. Este faz parte da nossa forma física, incluindo-se aí o perispírito e o corpo carnal. Assim, as nossas atuais condições de masculinidade ou feminilidade não passam de meros estágios momentâneos, onde o ser espiritual adquire através das características de cada sexo as experiências que facultarão o seu aprendizado rumo à perfeição. É fato que nas variadas vidas encarnamos tanto no corpo de mulher quanto no de um homem.
Mas nem sempre o espírito irá se adequar a sua nova condição. Em uma existência a pessoa alojada em uma organização fisiológica poderá exaltar determinadas características daquele sexo. Muitas vezes, se utilizando de seus atributos, atraem o sexo oposto com o intuito de ludibria-los. A lei de causa e efeito, no entanto, conduzirá este espírito a uma nova existência, só que desta vez, no corpo do sexo oposto. Mas, como a libido e a psique daquele indivíduo está tão habituada ao corpo de outrora, ele não consegue se ajustar no novo corpo. É aí que surge o fenômeno da homossexualidade. São espíritos que em outra existência pertenceram ao sexo oposto, mas pelo uso que fizeram de sua sexualidade, não conseguem se ajustar ao novo invólucro.
Entretanto, o fenômeno da homossexualidade deve ser encarado com naturalidade por nós espíritas. Os homossexuais são, como qualquer um, espíritos que ainda lutam contra suas más inclinações. Mas veja bem, não estamos afirmando que a homossexualidade é uma má tendência. Ela não é, mas sim, todo e qualquer vício que degenere a condição humana e estimule desregramentos sexuais. E, estes vícios, estão em todos: homens, mulheres, homossexuais, ricos e pobres.
A decisão recente do STF – Supremo Tribunal Federal – que garante a união estável em casais do mesmo sexo é um marco a favor da paz e da concórdia entre as pessoas. Ela veio mostrar a sociedade como um todo que a família não é um simples laço consangüíneo, mas uma união solidificada no amor verdadeiro entre as criaturas. Certamente, em muitas uniões homossexuais, os verdadeiros caracteres da família estarão presentes mais que em qualquer outra família heterossexual.
A doutrina espírita, em meio a tanta discriminação, é a voz a clamar pela liberdade e respeito mútuo. As palavras de Jesus não deixam margem a dúvidas: “Amar a todos como a si mesmo” (Mateus, 22, 34). Isto significa que devemos a todos, igualmente, o nosso respeito e consideração. Cabe a nós, igualmente, vermos o que há de bom em tudo e em todos, pois como afirmou o nosso mestre nazareno “se teus olhos forem bons todo o teu corpo terá luz”(Mateus, 6, 22).

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