sábado, 14 de julho de 2012

A IMPORTANCIA DO LIVRO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO



Este livro foi publicado, inicialmente, com o título de Imitação do Evangelho. Kardec explica o seguinte: Mais tarde, por força das observações reiteradas do Sr. Didier e de outras pessoas, mudei-o para Evangelho Segundo o Espiritismo” . Trata-se do desenvolvimento dos tópicos religiosos de O Livro dos Espíritos, e representa um manual de aplicação moral do Espiritismo.
            A 9 de agosto de 1863, Kardec recebeu uma comunicação dos seus Guias, sobre a elaboração deste livro. A comunicação assinalava o seguinte: “Esse livro de doutrina terá influência considerável, porque explana questões de interesse capital. Não somente o mundo religioso encontrará nele as máximas de que necessita, como as nações, em sua vida prática, dele haurirão instruções excelentes. Fizeste bem ao enfrentar as questões de elevada moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos”.
            Em comunicação posterior, a 14 de setembro de 1863, declaravam os Guias de Kardec: “Nossa ação, principalmente a do Espírito da Verdade, é constante ao teu redor, e de tal maneira, que não a podes negar. Assim não entrarei em detalhes desnecessários, sobre o plano da tua obra, que, segundo os meus conselhos ocultos, modificaste tão ampla e completamente”. Logo adiante acentuavam: “Com esta obra, o edifício começa a libertar-se dos andaimes, e já podemos ver-lhe a cúpula a desenhar-se no horizonte”.
Estas comunicações, cuja leitura completa pode ser feita em Obras Póstumas, revelam-nos a importância fundamental de O Evangelho Segundo o Espiritismo, na Codificação Kardeciana. Enquanto O Evangelho dos Espíritos nos apresenta a Filosofia Espírita em sua inteireza e O Livro dos Médiuns, a Ciência Espírita em seu desenvolvimento, este livro nos oferece a base e o roteiro da Religião Espírita.
            Livro de cabeceira, de leitura diária obrigatória, de leitura preparatória de reuniões doutrinárias, deve ser encarado também como livro de estudo, para melhor compreensão da Doutrina. A comunicação do Espírito da Verdade, colocada como prefácio, deve ser lida atentamente pelos estudiosos, pois cada uma de suas frases tem um sentido mais profundo do que parece à primeira leitura.
            A Introdução e o Capítulo I constituem verdadeiro estudo sobre a natureza, o sentido e a finalidade do Espiritismo. Devem ser estudados atenciosamente, e não apenas lidos. Formam uma peça de grande valor para a verdadeira compreensão da Doutrina.
JOSÉ HERCULANO PIRES  (Tradutor)
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1) Qual a etimologia da palavra Evangelho?
Evangelho – Do grego Euangelion (eu = boa e angelion = notícia) que significa boa notícia. Para os gregos mais antigos, ela indicava a "gorjeta" que era dada a quem trazia uma boa notícia. Mais tarde passou a significar uma "boa-nova", segundo a exata etimologia do termo.
2) Há diferença entre Evangelho e Evangelização?
Uma só palavra grega (eu aggélion) é traduzida já por evangelho, já por evangelização, segundo o contexto e segundo dos tradutores. Assim, por exemplo, quando São Paulo escreve: "Antes, pelo contrário, tendo visto que me tenha sido confiado o Evangelho para os não circuncidados, como a Pedro para os circuncidados" (Gál, 2,7), traduziríamos com mais precisão por "evangelização", em vez de Evangelho.
3) O que é O Evangelho Segundo o Espiritismo?
O Evangelho Segundo o Espiritismo é o terceiro livro codificado por Allan Kardec. Contém a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação às diversas posições da vida. Em sua primeira página, há uma frase proverbial: "Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade".
4) Que lições podemos tirar do prefácio?
A instrução ali contida, transmitida por via mediúnica, resume o caráter e o objetivo do Espiritismo. Há quatro pontos:
a) Os Espíritos do Senhor, semelhantes às estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos;
b) Os tempos são chegados e todas as coisas devem ser restabelecidas em seu sentido verdadeiro para dissipar trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos;
c) As vozes do céu conclamam os seres humanos ao concerto divino, no sentido de estender esse hino sagrado de um canto ao outro do planeta;
d) Por fim, pedem para que nos amemos uns aos outros, fazendo a vontade do Pai que está nos céu.
5) Quais são as 5 partes contidas nos Evangelhos? Por que Allan Kardec escolheu apenas os ensinamentos morais?
Allan Kardec, na Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz que as matérias contidas nos Evangelhos podem ser divididas em cinco partes: os atos comuns da vida de Cristo, os milagres, as profecias, as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igrejae o ensinamento moral. Se as quatro primeiras partes foram objeto de controvérsia, a última manteve-se inatacável. Este é o terreno onde todas as crenças podem se reencontrar, porque não é motivo de disputas, mas sim regras de conduta abrangendo todas as circunstâncias da vida, pública e privada.
6) Qual o objetivo de O Evangelho Segundo o Espiritismo?
Allan Kardec reuniu nesta obra os artigos que pudessem constituir um código de moral universal, sem distinção de culto. Por que procedeu desta forma? Porque o Espiritismo, como um todo, foi codificado com esse objetivo, o de tornar os seus ensinamentos úteis para toda a população terráquea, e não para uma comunidade, uma organização, uma dada religião.
7) As máximas morais, comentadas ao longo deste livro, foram bem fundamentadas?
Sim. Observe que Allan Kardec teve o cuidado de não se basear em uma única informação. Passava tudo pelo crivo da razão. Dizia: "A única garantia séria do ensinamento dos Espíritos está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares".
8) Como as matérias foram colocadas ao longo do livro?
O Evangelho Segundo o Espiritismo foi dividido em 28 capítulos. O 28º capítulo trata da "Coletânea de Preces Espíritas"; nos outros 27, estão os ensinamentos morais do Cristo. Refletindo sobre cada um desses capítulos vamos adquirindo um vasto conhecimento sobre nós mesmos, sobre o mundo que nos rodeia, sobre outras galáxias e, principalmente, sobre o nosso relacionamento com o próximo. Não é um livro para ser apenas estudado, mas para ser posto em prática, no dia-a-dia.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984, São Paulo, 27 de agosto de 2008

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            “O Evangelho segundo o Espiritismo” é um dos cinco livros que constituem o corpo doutrinário do Espiritismo. “O Evangelho segundo o Espiritismo” é o ensino moral do Cristo Jesus para os cristãos de qualquer crença, desenvolvido pelos Espíritos de Luz em comunicações mediúnicas recolhidas, organizadas, comentadas e trazidas a público pelo Codificador Allan Kardec. Se o leitor é cristão, leia com aplicação o ensino moral do Mestre Jesus para a Humanidade sofredora e dê-se conta de conteúdos que talvez nunca antes tenha percebido, ou compreendido plenamente. Se não é cristão, mas um espírito indagador, leia com respeito a orientação desse Espírito divino, dada há dois mil anos e sempre atual, em seu caráter educativo, motivador e consolador.
         Enquanto o Livro dos Espíritos apresenta a Filosofia Espírita, e o Livro dos Médiuns a Ciência Espírita, o Evangelho segundo o Espiritismo oferece a base e o roteiro da religião Espírita.
         Logo na introdução deste livro, o leitor encontrará as explicações de Kardec sobre o objetivo da obra, esclarecimentos sobre a autoridade da Doutrina Espírita, a significação de muitas palavras freqüentemente empregadas nos textos do evangelho, a fim de facilitar a compreensão do leitor para o verdadeiro sentido de certas máximas do Cristo, que a primeira vista podem parecer estranhas.
         Ainda na introdução, refere-se a Sócrates e a Platão como precursores da Doutrina Cristã e do Espiritismo.
         O Evangelho segundo o Espiritismo compões-se de 28 capítulos, 27 dos quais dedicados a explicação das máximas de JESUS, sua concordância com o Espiritismo e sua aplicação às diversas situações da vida.
         O último capítulo apresenta uma coletânea de preces espíritas, sem entretanto constituir um formulário absoluto, mas uma variante dos ensinamentos dos Espíritos, no campo da moral.
         Os ensinamentos que contém são adaptáveis a todas as pátrias, comunidades e raças. É o código de princípios morais do Universo, que restabelece o ensino do Evangelho de JESUS, no seu verdadeiro sentido, isto é, em Espírito e Verdade.
         Sua leitura e estudo são imprescindíveis aos espíritas e a todos que se preocupam com a formação moral das criaturas, independe da crença religiosa.
         É fonte inesgotável de sugestões para a construção de um mundo de PAZ e FRATERNIDADE.

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