sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

VELHOS OUTONOS - ROSA DE SARON

"Somos o que fazemos para mudar o que fomos. Mas se nada somos, virão apenas velhos outonos"

Final de ano, época de balanço, de reflexões sobre o que passou nos últimos 365 dias da vida. Lembramos o que aconteceu de bom, mas, infelizmente muitos ficam lamentando as coisas ruins. Sempre nessa época desejam com toda a força que seu próximo ano seja melhor. O que vejo é que as pessoas nunca estão satisfeitas com o ano que passou. Elas sempre ficam esperando que de alguma forma, o ano seguinte seja maravilhoso, mas sem pra isso se esforçar.
Na minha concepção, Deus nos dá todas as condições para que nós possamos correr atrás do que desejamos. Temos o Livre Arbítrio para escolhermos os melhores caminhos. Não esperemos que caia do céu um 2012 melhor para nós; façamos de 2012 um ano inesquecível, para que ao chegarmos ao final desse período, estarmos satisfeitos com o ano que passou e projetando nossas próximas conquistas.
Desejo à todos um feliz 2012

Raphael da Silva

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Deus não espera nada em troca

Este é provavelmente um dos melhores vídeos que vi em 2011.
Independente de religião, acho que devemos ouvir e assimilar tudo aquilo que nos  parecer bom e nos acrescentar como seres humanos. Não é porque sou espírita que só o que o espiritismo diz é a verdade absoluta e nada mais tem valor, e o mesmo serve para as demais religiões. Deus nos deu a preciosa capacidade de raciocinar para que a usemos.
Vale à pena ver o vídeo abaixo e refletir.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jesus Cristo tem a manha!


Cientistas malucos…

Luciano Maia


“Há dois tipos de pessoas: as que têm medo de perder Deus e as que têm medo de O encontrar”.
Bleise Pascal (Clermont-Ferrand, 19/06/1623 – Paris,19/08/1662). Físico, matemático, filósofo e teólogo francês.
 
“Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta”.
Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 04/01/1643 – Londres, 31/03/1727). Cientista inglês, físico, matemático, astrônomo, filósofo e teólogo.

“Sem Deus, o universo não é explicável satisfatoriamente”.
Albert Einstein (Ulm/Alemanha, 14/03/1879 – Princeton/USA, 18/04/1955). Fisico alemão que formulou a Teoria da Relatividade, sendo considerado o maior cientista de todos os tempos.

“É um cientista bem medíocre aquele que pretende poder passar sem fé ou sem Deus!”.
Wernher Magnus Maximilian von Braun (Wirsitz/Império Alemão, 23/03/1912 – Alexandria/EUA, 16/06/1977). Foi um cientista e figura central no desenvolvimento de foguetes, diretor do Centro Espacial de voo Marshall de 1960 à 1970, onde dirigiu os programas de voos tripulados: Mercury, Gemini e Apollo. É o pai do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos EUA à Lua.

- “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima.”.
Louis Pasteur (Dole Jura, França, 27/12/1822 – 28/09/1895, Villeneuve-L’Etang, perto de Paris). Cientista francês cujas descobertas, na área da química, foram extremamente importantes na medicina, sendo o responsável pela técnica da pasteurização.

Café com Deus

SIMPATIA


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Diferenças entre o Espiritismo e a Umbanda


O Espiritismo e a Umbanda são doutrinas espiritualistas, assim como o judaísmo, o catolicismo, o protestantismo, a teosofia, o rosa-cruz, o esoterismo e alguns outros, o que não impede de haver entre elas diferenças essenciais, e que lhe dão características próprias.
                A existência de Deus e a imortalidade do Espírito são teorias aceitas por todas, porém a reencarnação não é aceita pelo protestantismo e o catolicismo.
                O Espiritismo e a Umbanda adotam como prática a comunicação e manifestação dos Espíritos. A teosofia, o rosa-cruz, o esoterismo não prescrevem essas práticas.
Porém nós não podemos confundir o Espiritismo e a Umbanda, são duas religiões diferentes, embora aceitem reencarnação e comunicação dos Espíritos tem princípios incomuns entre elas.
Essa distinção nem sempre é feita, pela imprensa, por exemplo, que propositalmente ou não, sempre anuncia o que ocorre em terreiros e tendas como sendo Espiritismo, nem mesmo no meio espírita, quando não se dão ao trabalho de estudar a Doutrina e aqui, explicamos um pouco dessa diferença, para que essa confusão seja amenizada.
O Espiritismo difere da Umbanda na origem; o Espiritismo foi codificado por Allan Kardec, no século passado, designa uma doutrina recebida de vários espíritos superiores, caracterizada por ser um conjunto de princípios, de ordem científica, filosófica e moral, que objetiva o progresso e evolução espiritual do homem.
A Umbanda vem de várias culturas religiosas, é prática religiosa dos negros misturada as práticas do Catolicismo e ao Mediunismo. A religião fetichista (oferendas) combinada as crenças indígenas, influenciada pelos rituais e santos católicos resultando assim na Umbanda, ou seja, é uma mistura de culturas, crenças e religiões.

Yasmin Inocêncio

domingo, 18 de dezembro de 2011

Aula de Futebol do Barça

Vencer o Barcelona nos dias de hoje é praticamente impossível. O time deles é absurdo. Mas o Santos representou bem o Brasil, parabéns aos meninos da vila que foram para o jogo e tentaram. Mas é como o Neymar disse: "Hoje aqui aprendemos a jogar futebol". E foi realmente uma aula.




sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Moscas


"Para onde vão os espíritas?"



A propósito deste post, uma leitora ou leitor anônima/o, deixou-nos esta questão:

 “Para onde vão os espíritas?”

A nossa resposta:

Os espíritas e os não espíritas, os habitantes da Terra e de todos os mundos espalhados pelo Universo imenso, não "vão" para lugar algum em especial.

A existência é uma evolução contínua e infinita, e após cada 'vida' no mundo material sucede-se uma estada no plano espiritual e nova vinda ao mundo material.

Os Espíritos já suficientemente depurados só reencarnam excepcionalmente, e sempre em missão. Foi o caso de Jesus - Cristo, que impressionou de tal forma a Humanidade, que, sendo ele um homem como nós, ainda hoje é considerado como 1/3 de Deus por bilhões de pessoas.

Jesus - Cristo desempenhou brilhantemente a sua missão na Terra. Foi para isso que cá veio e saiu-se como seria de esperar de um Espírito de escol, amadurecido por uma longa aprendizagem. Um dia todos seremos como ele.

O destino de todos nós no mundo espiritual não passa por paraísos particulares de perpétua contemplação, e ainda por cima com separações segundo a religião. As analogias terrenas fazem muita gente pensar o Além como um hotel eterno, com secções para católicos, protestantes, muçulmanos, budistas, etc..

Alguns (infelizmente) ainda crêem que na vizinhança desse hotel celeste há um bairro degradado, o chamado inferno, de onde os hóspedes do hotel de luxo podem confortavelmente contemplar a miséria dos condenados. Que crime cometeram este últimos? Por exemplo o de não "aceitarem" a religião "certa", de entre as centenas de milhar que existem na Terra (imagine-se, se na Terra são tantas, quantas serão pelo Universo fora...).

Na nossa opinião (e tudo isto é uma opinião, uma crença, ainda que baseada em fatos positivos) o nosso único destino é a perfeição. Deus não tem religião.

Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia”. Em>

B. Franklin

Original em: Blog de Espiritismo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Uma Razão Para Viver

Todos passam por situações difíceis. Às vezes achamos que não vamos suportar a dor que nos aflige. Muitos se sentem sozinhos, acham não ter importância para ninguém, estão deprimidos. Chegam ao extremo de não querer mais viver, alguns acabam tirando a própria vida.
Por mais que estejamos tristes, sem esperanças e nos sentindo sozinhos, tem alguém olhando por nós e que está conosco em todos os momentos. Esse alguém é Deus. Todas as dificuldades que enfrentamos são passageiras e no final das contas, as suportarmos com resignação e muita fé em Deus, seremos pessoas muito mais fortes no futuro. Agarre-se em alguma coisa, procure uma razão para viver, faça acontecer à melhora na sua vida. Todos nós temos esse poder de transformar as coisas ao nosso redor.

Cassie é uma Linda garota, que perdeu sua mãe aos 9 anos de idade e mesmo assim leva a vida à frente. Ela já sofreu com a anorexia... Mas superou e hoje é feliz. A Ausência de sua mãe é muito grande, mas ela sabe que sua mãe está por perto e se orgulhando das atitudes que Cassie Faz.




Insanidade

Einsten, esse foi um grande cara. Sou muito fã!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ratinho entrevista Chaves e Dona Florinda

Para quem é fã, como acho que a maioria dos brasileiros é, vale muito à pena ver essa entrevista.

domingo, 11 de dezembro de 2011

GATOS DE RABO BRANCO

Do livro:
_Vejo que você tem um gato _ diz a senhora Jones à senhora Smith _ O rabinho branco dele é muito bonitinho! Quantos você tem?

_Não muitos _ diz a senhora Smith _ A senhora Brown, minha vizinha, tem 20, muito mais do que eu.
...
_Você ainda não me disse quantos gatos você tem!

_Bem... Vou colocar a coisa da seguinte maneira: se você escolher 2 dos meus gatos ao acaso, a probabilidade de que ambos tenham rabo branco é de exatamente 50%.

_Isso não me diz quantos gatos você tem!

_Diz sim.

Quantos gatos tem a senhora Smith? E quantos tem o rabo branco?

sábado, 10 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Piadas Espíritas - Anão no Centro Espírita

Um anão chegou num Centro Espírita tão triste e saindo de lá, uma pessoa perguntou:

- Por que você está tão feliz, anãozinho, se você chegou tão triste?
O anão respondeu:

- É porque agora eu não sou mais anão, agora sou médium.

SEPARADOS POR UM RODIN


Piadas Espíritas - Fominha



Tem um amigo meu que tentou virar espírita esse ano, mas ele é tão fominha que, quando descobriu que ia ter que dar o PASSE, desistiu e caiu fora.

TPM!


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Como é que faz o viadinho filha!?


Reencarnação - Provas


A reencarnação é de longe o aspecto que mais chama a atenção no Espiritismo. Ela, a reencarnação, pode ser de certa forma provada, tanto cientificamente, quanto nas escrituras bíblicas. Abaixo seguem alguns vídeos que falam dessas provas.





sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Encontro alienígena

Do livro
A espaçonave Indefensible orbita o planeta Noncomposmentis, quando o
capitão Quirk e o sr. Crock são teletransportados para a superfície.
- Segundo o Guia turístico intergaláctico, há duas espécies de extraterrestre
neste planeta - diz Quirk.
- Correto, capitão. Veracitors e tagarelix. Todos falam galáxico, e podemos
distingui-los pelo modo como respondem às perguntas. Os veracitors
sempre dizem a verdade, e os tagarelix sempre mentem.
- Mas, fisicamente...
-...São indistinguíveis, capitão.
Quirk ouve um barulho e se vira, encontrando três alienígenas que
se aproximam furtivamente. Parecem idênticos.
- Bem-vindos a Noncomposmentis - diz um dos ETs.
- Obrigado. Meu nome é Quirk. E vocês são... - Ele faz uma pausa.
- Não faz sentido perguntar os nomes deles - murmura. - Pelo que
sabemos, não serão os nomes certos.
- Isso é lógico, capitão - diz Crock.
- Como não sabemos falar galáxico muito bem - improvisa Quirk -,
espero que não se importem se eu os chamar de Alfy, Betty e Gemma. -
Vira-se então para Crock e sussurra: - Não que saibamos o sexo deles,
além de tudo.
- São todos hermandrofemíginos - diz Crock.
- Que seja. Agora, Alfy: a que raça pertence Betty?
- Tagarelix.
- Ah. Betty: Alfy e Gemma pertencem a raças diferentes?
- Não.
- Certo... Como são faladores, hein? Hmm... Gemma: a que raça
pertence Betty?
- Veracitor.
Quirk faz que sim, com um ar de entendido.
- Muito bem, está resolvido, então!
- O que está resolvido, capitão?
- A que raça cada um pertence.
- Entendo. E as raças são...?
- Não faço a menor ideia, Crock. Você é que deveria ser o lógico
aqui! 

Alguém aí consegue determinar a que raça pertence cada um dos três alienígenas?

domingo, 27 de novembro de 2011

A Liga - Cultos - 22/11/11

Depois de uns dias sem postar devido a minha monografia, venho hoje com um vídeo muito legal e informativo. É um programa da Liga (programa da Band) que fala sobre alguns cultos religiosos no Brasil. É um pouco extenso mas vale à pena.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"SIT": Nova Doença Social...


Numa breve viagem efetuada em serviço profissional, não pude deixar de constatar o mundo que me rodeia, desde o embarque no avião, a viagem, o desembarque, enfim as múltiplas ações e reações das pessoas na sua interação social.
Confesso que fiquei preocupado ao aperceber-me de uma nova doença que afeta a sociedade ocidental: chama-se SIT.
Curiosamente, ao ler "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, verdadeira pérola da literatura mundial, onde está confinada a parte filosófica da Doutrina Espírita (que não é mais uma religião nem mais uma seita, mas sim ciência, filosofia e moral), no seu capítulo VII intitulado "Lei de Sociedade", podemos encontrar questões interessantes:
"766 A vida social está na Natureza?
“Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.”
767. É contrário à lei da Natureza o isolamento absoluto?
“Sem dúvida, pois que por instinto os homens buscam a sociedade e todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-se mutuamente.”
768.Procurando a sociedade, não fará o homem mais do que obedecer a um sentimento pessoal, ou há nesse sentimento algum providencial objetivo de ordem mais geral?
“O homem tem que progredir. Isolado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contacto com os outros homens. No isolamento, ele se embrutece e estiola.”
Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não isolados."
O ser humano estimulando a sua inteligência vai criando e modificando a matéria e o mundo material, tornando-o mais agradável para a sua vida no quotidiano, que por sua vez se torna mais confortável e mais feliz.

“O homem tem que progredir. Isolado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contacto com os outros homens. No isolamento, ele se embrutece e estiola.” (Allan Kardec)

Vemos ao longo destes últimos 100 anos, um incremento fantástico ao nível tecnológico, contribuindo sobremaneira para uma maior e melhor qualidade de vida do ser humano. Curiosamente, esta tecnologia ao invés de contribuir para uma partilha saudável de vivências entre os seres humanos, tem contribuído para um uso desajustado, levando-o ao isolamento.
Paradoxalmente, nestes tempos que deveriam ser de alegria, face ao incremento da tecnologia, a sociedade sofre de grave doença mortal, a solidão, mesmo quando rodeados de uma imensidão de pessoas.
Naquele avião potente, com 200 pessoas a bordo, meditava fascinado no avanço da tecnologia, naquele grande pássaro de ferro rasgando o ar, tranquilamente e, verificava com alguma tristeza, que naquela hora e meia de viagem as 200 pessoas iam, cada uma delas, imersas no seu mundo (com auriculares ouvindo música ou outra coisa qualquer, com computadores trabalhando ou jogando, agarrados interminavelmente aos seus telemóveis e/ou agendas eletrônicas, dormindo ou descansando de olhos fechados), ao invés de aproveitarem o tempo para conversarem, fazerem novos conhecimentos, trocarem idéias, partilharem opiniões, enfim, sociabilizarem-se.
Foi aí que me apercebi da grave doença, que se vai instalando silenciosamente, que nos afeta nos dias de hoje: a "SIT" (Solidão, Isolamento e Tecnologia).
Se as novas tecnologias são uma bênção para a humanidade, o seu uso deve ser efetuado com parcimônia, de modo a que o rumo orientador de sociabilização apontado em "O Livro dos Espíritos", nos itens acima referidos, não venham a ser postos em causa por este flagelo que associa a tecnologia ao isolamento e à solidão do ser humano.
José Lucas


O amor é...


sábado, 5 de novembro de 2011

Mocidade Espírita - 05/11/2011



'A influência da religião na economia de um país' - O Consolador

A vossa atenção para o editorial da revista espírita eletrônica 'O Consolador' desta semana:


O grau de religiosidade de um povo pode afetar a economia de uma nação?

Segundo pesquisa feita pelo Instituto Gallup em 114 países, a resposta é sim. Existiria forte correlação entre a renda “per capita” de uma nação e seu maior ou menor apego à religião. A leitura da pesquisa está resumida na seguinte frase: Quanto mais religioso, mais pobre tende a ser um país.

A exceção fica por conta dos Estados Unidos, a maior economia do mundo, onde 65% dos norte-americanos atribuem importância à religião em sua vida diária, um índice bem superior à média dos países mais ricos, que é de 47%.

Não se podem contestar os números apresentados pelo Gallup, mas é importante que se diga que há quem faça dos resultados dessa pesquisa uma leitura diferente.

No campo da Sociologia, por exemplo, tradicionalmente se tem dito que é a pobreza que facilita a expansão da religião. Não seria a religião que determinaria a penúria de um país, mas, sim, a penúria de um país que favoreceria a expansão dos núcleos religiosos.

Essa afirmativa é-nos dada por Ricardo Mariano, da PUC-RS. Eis o que ele declarou em entrevista à Folha de S. Paulo (edição de 27/9/2010): "Em geral, as religiões ajudam seus adeptos a lidar com a pobreza, explicam e justificam sua posição social, oferecem esperança, satisfação emocional e soluções mágicas para enfrentar problemas imediatos do cotidiano". "As religiões de salvação prometem ainda compensações para os sofrimentos e insuficiências desta vida no outro mundo."

Outro aspecto que se deve ressaltar na pesquisa do Gallup é a inegável diminuição do fervor religioso nos países mais ricos, com a notável exceção da nação americana.

Em alguns desses países, como os que faziam parte do bloco liderado pela antiga União Soviética, a restrição à liberdade religiosa e o ateísmo estatal contribuíram para a baixa importância que a população atribui à religião, como se dá na Estônia e na Rússia.

Na Europa Ocidental, segundo Ricardo Mariano, os motivos seriam outros. A modernização, a laicização do Estado e o relativismo cultural é que teriam erodido a religiosidade do povo.

Religiosos diversos ouvidos pela Folha de S.Paulo (edição citada) entendem que a riqueza pode, de fato, reduzir o pendor das pessoas à religiosidade.

Para o padre jesuíta Eduardo Henriques, "a abertura a Deus é inversamente proporcional à segurança oferecida pela estabilidade econômico-financeira, com exceções, é claro. Espiritualmente falando, os pobres tornam-se sinais mais eloquentes de que ninguém, pobre ou rico, basta a si mesmo. Por isso Jesus chamou os pobres de bem-aventurados".

O teólogo adventista Marcos Noleto não só apoia tal pensamento, mas chega a ser até mais radical: "Há uma incompatibilidade da fé prática com a riqueza. Assim como dois corpos não podem ocupar um mesmo lugar no espaço, na mente do homem não há lugar para duas afeições totais. Veja que Deus escolheu um carpinteiro e não um banqueiro para ser o pai de Jesus".

A discussão, como se vê, envolve duas conhecidas provas a que os Espíritos não podem fugir, se quiserem realmente progredir.

Segundo o Espiritismo, Deus concede a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes.

Tanto uma quanto outra são provas muito difíceis, porque, se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfêmia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando, com esse comportamento, os objetivos pelos quais a riqueza lhe foi concedida.

A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação. A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.

É preciso que entendamos: a existência corpórea é passageira e a morte do corpo priva o homem de todos os recursos materiais de que eventualmente disponha no plano terráqueo. Pobres e ricos voltam, pois, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que a posição social do rico ou do pobre não passa de expressão transitória e não tem a importância que a pesquisa do Gallup aparentemente sugere.