O Blog da Mocidade Espírita de Morrinhos-Go. Entretenimento e Conteúdo Espírita para todos os públicos. Contato: merbmorrinhos@hotmail.com
quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Confusão...
Confusão, confusão!
Gritam os inimigos da união.
Que fazer? Socorro pedir?
União, sem medo do porvir.
Na vida tereis lutas
Já nos advertira Jesus
Não te admires pois
De carregares a tua cruz!
Altos e baixos
Sempre tereis na vida
Não são as dificuldades
Que a tornam mais colorida?
Porque desanimar
Perante a adversidade?
Calma, confiança em Deus
E trabalho de continuidade.
Não desesperem nunca
Pois Jesus vela por nós.
Ele é o timoneiro
Nunca estaremos sós!
E assim, passo a passo
Estamos evoluindo
Passam as dificuldades
E na vida vamos sorrindo.
Poeta alegre
Psicografia recebida por JC em 8 Agosto de 2000, na reunião de
desobsessão na ACE, C. Rainha, Portugal.
Fonte: Artigos Espíritas
segunda-feira, 28 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
EU TE ODEIO!
Novo mandamento vos
dou: Que vocês amem uns aos outros…
Nada
mais importa… O resto é perfumaria.
A
ordem é amar o vizinho, o colega de escola ou de trabalho.
A
ordem é ver a si mesmo no outro e assim sentir-se bem por meio do sucesso
alheio.
Para
fazer isto, vale tudo:
Se
for necessário acreditar que Deus criou todas as coisas em 144 horas, para amar
alguém, eu acredito.
Se
for necessário acreditar que Jonas foi engolido por uma enguia elétrica, para
amar alguém, vale à pena.
Mas,
para amar alguém, você pode ou não acreditar nestas coisas. Pois o mandamento é
amar.
Mas,
mesmo assim, se for necessário crer que Moisés abria os mares e tirava águas de
pedra e que dava inveja ao ilusionista David Copperfield, a gente acredita, que
importa? O que importa é o Novo Mandamento: Amor!
Vamos
deixar Saramago com suas perguntas primárias (“Como pode Deus tirar uma mulher
de uma costela?). Talvez Saramago tenha dificuldade de abstrair… Não invista
seu tempo e energia com questões primárias, mas foque-se no primordial: Só o
amor pode fazer desta uma existência interessante e deste um mundo suportável
aos seus habitantes. Fuja das intolerâncias.
Vamos
nos focar no novo! O novo é: “Ame Saramago! Ame os que não conseguem abstrair.”
Às vezes Saramago não tolera os intolerantes e assim faz-se um deles. Quanto a
mim, quero tolerar todos os intolerantes, posto isto ser novo. Isto é amor.
Leia Saramago!
Se
um harém saiu de Adão, isto não deve ser fator impeditivo para eu ser tolerante
com os desprivilegiados. Não deve ser estorvo para eu ajudar o necessitado. Não
deve ser encosto para eu não dar a outra face. Sejamos humildes e não
arrogantes. Isto também é novo: isto é amor!
Se
for necessário eu acreditar que meus antepassados tiveram guelras, mesmo sendo
só teoria ainda cientificamente não comprovada, para amar os outros, tá
valendo!
Se
for necessário acreditar que um Big Bang veio do nada e não de algum criador:
beleza, posso também crer nisto para poder destilar amor a todos. Esta é só
mais uma teoria cosmológica cientificamente não comprovada, mas é melhor amar
que discutir o indiscutível. O amor é eterno. As teorias não. Vamos amar as
pessoas com esta teoria ou com as demais que um dia a substituirão.
Para
amar alguém, você pode ou não acreditar nestas coisas. Pois o mandamento é
amar.
Vamos
deixar Richard Dawkins com sua rebeldia juvenil, que está fundando um novo tipo
de religião fundamentalista para agredir outros fundamentalistas agressivos.
Novos e velhos adolescentes emocionais merecem o nosso amor e compreensão, não
ódio. Talvez ele também tenha sido abusado por um clérigo pedófilo em sua
infância, sei lá, e hoje está apenas dando o troco na pessoa errada: Deus! Isto
Freud explica facinho: “A religião é comparável a uma neurose da infância.”
(Sigmund Freud)
Deixemos
Dawkins e sua ira de lado: “Não pague o mal como mal, mas pague o mal com o
bem” é o novo mandamento. Pode ser que um dia ele entenderá o que leu: que o
Velho já passou e hoje estamos no Novo, que é “Amar o outro, tolerar as
diferenças e não odiar o outro”. Se Dawkins é fundamentalista, não sejamos
também intolerantes religiosos, posto isto ser medieval! Ao contrário, vamos
tolerar os diferentes… Isto é novo. Isto é amor.
Jesus
nos deu um novo mandamento.
Nada
mais importa… O resto é perfumaria.
——————————————
Para
pensar!
Isto eu encontrei depois de finalizar este artigo:
“A
única coisa que um judeu precisa saber é que Moisés ensinou que havia um só
Deus para todas pessoas. O resto é irrelevante.
Um cristão precisa saber que o Cristo mensageiro
disse para amar o próximo como a si mesmo e Deus sobre todas as coisas. O resto
é irrelevante.
Os budistas precisam saber que Buda ensinou
que devemos nos desprender de nosso orgulho, ego, cobiça e ambição material. O
resto é irrelevante.
A única coisa que um muçulmano precisa saber é
que a guerra santa que o profeta ensinou não é uma batalha contra outras
crenças. E sim a conquista do nosso próprio mal, tentações e orgulho. O resto é
irrelevante.
E a única coisa que um ateu precisa entender é
que nós, não um deus distante, somos os responsáveis por nossas atitudes. O
resto é irrelevante. “
Fonte: Café com Deus
Valores humanos e morais
"Acreditamos que para que o homem atinja a
perfeição não se pode menosprezar os valores do espírito. Todos estamos
formulando votos aos poderes divinos que governam o mundo e a humanidade, para
que o homem se volte para dentro de si mesmo a fim de que nós todos, dentro
dessa interiorização, venhamos a compreender que sem os valores da alma não
podemos avançar muito tão só com os valores físicos que são praticamente
transitórios". (Chico Xavier)
O QUE SÃO VALORES HUMANOS
Os valores humanos são fundamentos
morais e espirituais da consciência humana. Todos os seres humanos podem e
devem tomar conhecimento dos valores a eles inerentes. A causa dos conflitos
que afligem a humanidade está na negação dos valores como suporte e inspiração
para o desenvolvimento integral do potencial individual e conseqüentemente do
potencial social. Não é possível encontrar o propósito da vida sem esses
valores que estão registrados em nosso ser profundo, ainda que adormecidos na
mente e latentes na consciência. Os valores são a reserva moral e espiritual
reconhecida da condição humana.
A vivência dos valores alicerça o
caráter, e reflete- se na conduta como uma conquista espiritual da
personalidade.
No dinamismo histórico, os valores
permaneceram inalteráveis como herança divina em cada um de nós, apontando
sempre na direção da evolução pelo auto-conhecimento. Nesse grandioso drama
humano, criado por nossos erros e acertos, os valores abrem espaço e trazem
inovações essenciais para a sobrevivência da espécie e o cumprimento do papel
do ser humano na criação. Vivemos tempos
críticos, violentos e desesperados; isso acontece devido ao fato de grande
parte da humanidade ter esquecido seus valores e tê-los considerado até
ultrapassados e desinteressantes.
O medo , o desamor e o engano têm
qualificado nossos relacionamentos emotivos e operativos com os nossos
semelhantes e com o mundo. Verificamos que, sem o exercício dos valores
intrínseco ao ser humano, andamos por caminhos de dor, deteriorando a qualidade
de vida no planeta. Neste século, fomos mobilizados por ideologias que
inverteram a escala de valores e assim estabeleceram tensões sócio- econômicas,
gerando perplexidades, individualismo e desalento. Por outro lado, não podemos
deixar de enfocar que, apesar do descompassado desenvolvimento que tivemos,
negligenciando o humano em prol da economia e da tecnologia, desse caldo
borbulhante de inquietações e discrepâncias surgiu a mudança dos conceitos de
poder e felicidade.
A constatação da ineficácia das coisas
materiais, da fama e do poder econômico como portadores de felicidade, trouxe à
tona a auto-indagação e a necessidade de mudanças. Pouco a pouco percebemos que
a felicidade é uma conquista da alma e portanto independe de circunstâncias ou
satisfação de desejos.
Tudo isso nos obriga a uma
redefinição do que é poder; cada vez mais fortemente sentimos que o amor
fraterno e o conhecimento compartilhado anulam a disputa e a necessidade de
domínio. As relações de poder mudam na medida em que os valores c riam novos
significados e maneiras de conceber a vida. Estamos em uma encruzilhada: ou
aceitamos a renovação pessoal e social pelo reconhecimento dos valores e os
elaboramos interiormente, ou nos agarramos a convicções preconceituosas,
arcaicas e individualistas, fugindo do compromisso histórico.
O resgate dos valores humanos é
nosso grande desafio, mas o ser humano tem reservas inesgotáveis de
transformação. Temos nos valores morais e espirituais o grande instrumento de
aprimoramento e o traço de união dos povos, sem distinção. Os valores promovem
a verdadeira prosperidade do homem, da nação e do mundo. "
Valores morais
629 – Que definição se pode dar da moral?
“ A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da Lei de Deus. O homem procede bem quando faz tudo pelo bem de todos, porque então cumpre a Lei de Deus” – O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, parte III, Das Leis Morais, cap. I.
“ A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da Lei de Deus. O homem procede bem quando faz tudo pelo bem de todos, porque então cumpre a Lei de Deus” – O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, parte III, Das Leis Morais, cap. I.
Desde
o nascimento nos é ensinado o que é certo e errado e a partir disso reproduzimos
os valores impostos pela sociedade. Antes de mais nada, valor moral pode ser
definido como "respeito à vida", não apenas a vida individual mas sim
a vida coletiva, já que vivemos coletivamente, dependendo uns dos outros.
A
última pesquisa de IVH (Índice de Valor Humano) mostrou que na opinião dos
brasileiros, de forma geral, o que é necessário mudar no Brasil para a
qualidade de vida melhorar de verdade é em primeiro lugar, a educação, seguida
de política pública, violência, valores morais e emprego. Já no Estado de São
Paulo houve uma variação em relação à opinião nacional, ficando valores morais
em primeiro lugar.
De
qualquer modo, a discussão sobre os valores morais se mantém em posição de
destaque, visto que a sua compreensão é deveras importante para o bom
funcionamento da sociedade como um todo. Mas como e quando ficou definido o que
é correto e o que é considerado errado do ponto de vista social? Tanto religião
quanto o livre arbítrio do homem se relacionam com a construção dos ideais de
ética e moral, sendo que estes são passados de geração para geração, numa linha
perpétua de integração em nossa sociedade. A religião oferece ao homem os
pilares necessários para a interpretação sobre a distinção entre o certo e o
errado, e ao homem cabe o livre-arbítrio e bom senso para " moldar"
estes pilares de acordo com as necessidades coletivas.
Mas
por que os valores morais são tão importantes na sociedade? Ora, eles são os
responsáveis pela manutenção da ordem entre as pessoas, sendo inclusive ensinados
desde o berço. É fácil imaginar em que situação o mundo se encontraria
atualmente caso o homem ignorasse as leis formuladas a partir dos conceitos de
ética e moralidade. É certo que o homem possui o direito de ter sua liberdade
de expressão e escolha, porém tudo é passivo de limites. Caso contrário, diante
de quaisquer adversidades que surgissem em nosso caminho, retornaríamos ao
nosso estado primitivo e resolveríamos todos os problemas de maneira antiquada,
desprovida de ética e moral, como fazem os criminosos, notadamente não
seguidores dos valores morais.
Em
síntese, valor moral além de ser um instrumento indispensável para o bom
funcionamento da sociedade e integração dos indivíduos nela, também significa
respeito à vida. À nossa vida e à vida das pessoas ao nosso redor.
Muitas
pessoas acreditam que atualmente alguns valores estejam
esquecidos, assim como os morais. E, por isso a sociedade esteja meio perdida.
Sendo assim com o esquecimento destes valores morais o comportamento
humano passa a ficar cada vez pior, especialmente a relação e o modo como as
pessoas passam a viver, a agir e a se comportar com seus semelhantes.
Valores
morais importantes: respeito, gentileza, honestidade, educação, bom-senso,
sinceridade, solidariedade, bondade, paciência, ética...
A
partir do momento em que, todas as pessoas praticam estes valores muitas coisas
começam a mudar na sociedade. Quando todos se respeitam assim como se deve ser,
tudo muda, ou seja, com respeito existindo a coisas se tornam melhores. Quando a
educação é praticada por todos há menos brigas, menos discussões
acontecem, quando todos praticam atos gentis tudo se modifica. Quando uns
ajudam aos outros, sem pensar somente em dinheiro e no individualismo a
solidariedade acontece.
Como podemos praticar
esses valores?
Podemos
começar não jogando lixo nas ruas, não ultrapassando no sinal vermelho,
ajudando um idoso a carregar suas compras, cedendo o lugar no ônibus para
uma gestante, não se estressando sem necessidade. Pois
todas essas são atitudes que podem modificar tudo. São valores morais
importantíssimos.
Comece
a praticá-los e passe a perceber como fazem a diferença e realmente são
importantes para a sociedade. Por isso é aconselhável que todos os pratiquem e
não somente os deixem na teoria.
Concluímos
que os valores humanos e morais são imprescindíveis e extremamente necessários
para todos, por isso, para que eles não deixem de existir é necessário que os
pratiquemos, e assim serão passados adiante em nossa sociedade.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
"A vida é aquilo que você deseja diariamente"
A sábia frase do nosso saudoso amigo André Luiz, Nos lembra do poder do
pensamento. Se acordarmos e agradecermos a Deus por mais um dia de vida, essa
gratidão nos trará raios de paz.
Se levantarmos e falarmos, "nada
de ruim irá acontecer comigo!" Você registrará na sua mente que nada de
ruim vai acontecer. Lembre-se, o nosso estado físico é o reflexo dos nossos
pensamentos.
Se acordarmos falando: "ai, acho que vou pegar
uma gripe!" Pode ter certeza que você pegará essa gripe, pois está
registrado na sua mente que ficará doente.
O rosto é Reflexos do que pensamos. Se está
chateado, sorria, se está com um incômodo, sorria, se a amargura bater em sua
porta, sorria. Se o seu rosto estiver bem, todo o seu corpo ficará melhor.
Pedimos ao Pai a cura da alma, e lembraremos que a
cura do corpo, pertence aos nossos pensamentos positivos, na luz de Deus, Nosso
Senhor Jesus Cristo, Nossa Senhora, e todos os espíritos de luz e energias
divinas que possam nos ajudar neste nosso caminho.
Humildade...
Estes, da humanidade
Buscas uma solução?
Humildade, humildade
Ricos contra pobres
Bem versus maldade
Queres melhorar?
Humildade, humildade.
No lar conturbado
Almejas tranquilidade
Que solução buscar?
Humildade, humildade
No trabalho que t’alimenta
Não tens solidariedade
Não sofras com isso
Humildade, humildade
Junto dos amigos
Não encontras amizade?
Ama tu o próximo,
Humildade, humildade
Em qualquer situação
E em qualquer idade
A solução para tudo
Humildade, humildade
Se assim procederes
Praticando a caridade
Tua vida será um hino
À humildade, humildade
Casimiro Cunha
Fonte: Artigos Espíritas
quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
domingo, 20 de maio de 2012
SUPERSTIÇÃO E ESPIRITISMO
São muitas as superstições. Há os que acreditam na
lenda do saci-pererê, da mula sem-cabeça, dá crença de que gato preto dá azar.
Há também quem diga que não se deve passar por baixo de escadas, ou que não se
deve brindar com refrigerante e outras crendices que absolutamente, não têm
nenhum fundamento. Segundo o Novo Dicionário Aurélio, superstição é o
sentimento religioso baseado no temor e na ignorância e que induz ao
conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança
em coisas ineficazes; crendice. Crença em presságios tirados de fatos puramente
fortuitos. Apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa: A moça tem a
superstição do número treze.
A
Doutrina Espírita credita as superstições à imaginação fantasiosa e à
ignorância. Nada é casual, acidental, inopinado ou imprevisto na natureza. O
item 2 do capítulo 18 do livro A Gênese, de Allan Kardec, diz que "Tudo na
criação é harmonia; tudo revela uma previdência que não se desmente, nem nas
menores, nem nas maiores coisas". Na questão 529 de O Livro dos Espíritos,
Allan Kardec pergunta:-"Que se deve pensar das balas encantadas, a que se
referem algumas lendas e que atingem fatalmente o alvo?"
A
resposta: —Pura imaginação; o homem gosta do maravilhoso e não se contenta com
as maravilhas da Natureza. Na complementação da resposta a questão 555, Kardec
diz:-"O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma infinidade de
fenômenos sobre os quais a ignorância teceu muitas fábulas, em que os fatos são
exagerados pela imaginação. O conhecimento esclarecido dessas duas ciências,
que se resumem numa só, mostrando a realidade das coisas e sua verdadeira
causa, é o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas, porque revela o
que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de crença
ridícula."
A
Ciência descarta as crendices, por não terem fundamento lógico. E o Espiritismo
marcha lado a lado com a Ciência. O item 8 do primeiro capítulo de O Evangelho
Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, diz que "A Ciência e a Religião
são as duas alavancas da inteligência humana. Uma revela as leis do mundo
material, e a outra as leis do mundo moral. Mas aquelas e estas leis, tendo o
mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se umas forem a negação
de outras, umas estarão necessariamente erradas e as outras certas, porque Deus
não pode querer destruir a sua própria obra...."
"A
Ciência e a Religião não puderam entender-se até agora, porque, encarando cada
uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, repeliam-se
mutuamente"..." A instrução do Espírito de Verdade: "Espíritas:
amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as
verdades se encontram no Cristianismo; os "erros que nele se enraizaram
são de origem humana; e eis que, de além-túmulo, que acreditáveis vazio, vozes
vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os
vencedores da impiedade!" - O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 6,
item 5, nos conduz a outro raciocínio: quem se instrui, capacita-se a conhecer
a verdade e só ela libertará o homem da ignorância.
O
desconhecimento da verdade faz com que o homem permaneça na ignorância, que o
conduz à fé cega. Esta, por sua vez, conduz o homem ao fanatismo. Quando se
conhece a verdade, trilha-se o caminho da fé raciocinada. Servindo-nos ainda do
Evangelho, capítulo 19, item 6: "No seu aspecto religioso, a fé é a crença
nos dogmas particulares que constituem as diferentes religiões, e todas elas
têm os seus artigos de fé. Nesse sentido, a fé pode ser raciocinada ou cega. A
fé cega nada examina, aceitando sem controle o falso e o verdadeiro e a cada
passo se choca com a evidência da razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo.
Quando a fé se firma no erro, cedo eu tarde desmorona. Aquela que tem a verdade
por base é a única que tem o futuro assegurado, porque nada deve temer do
progresso do conhecimento, já que o verdadeiro na obscuridade também o é à
plena luz. Cada religião pretende estar na posse exclusiva da verdade, mas
preconizar a fé cega sobre uma questão de crença é confessar a impotência para
demonstrar que se está com a razão.
'No
item seguinte deste capítulo, Allan Kardec diz que "Para crer, não basta
ver, é necessário sobretudo compreender. A fé cega não é mais deste século".
Ora, Kardec disse isso no século passado. Logo, a afirmação está mais do que
apropriada. As superstições e crendices são como as bênçãos e maldições, que
atraem para o bem ou para o mal as pessoas cujos pensamentos estejam na mesma
sintonia daqueles que os emitiram.
Na
complementação da resposta à questão 549 de O Livro dos Espíritos, Kardec
explica:-"A dependência em que o homem se encontra, algumas vezes, dos
Espíritos inferiores, provém da sua entrega aos maus pensamentos que eles lhe
sugerem, e não de qualquer espécie de estipulações feitas entre eles. O pacto,
no sentido comum atribuído a essa palavra, é uma alegoria que figura uma
natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos."
Na
questão 550, Kardec pergunta; "Qual o sentido das lendas fantásticas,
segundo as quais certos indivíduos teriam vendido sua alma a Satanás em troca
de favores?" A resposta: “-Todas as fábulas encerram um ensinamento e um
sentido moral, é o vosso erro é tomá-las ao pé da letra. Essa é uma alegoria
que se pode explicar assim: aquele que chama em seu auxílio os Espíritos, para
deles obter os dons da fortuna ou qualquer outro favor, rebela-se contra a
Providência, renuncia à missão que recebeu e às provas que deve sofrer neste
mundo e sofrerá as conseqüências disso na vida futura.
Isso
não quer dizer que sua alma esteja para sempre condenada ao sofrimento. Mas,
porque em vez de se desligar da matéria ele se afunda cada vez mais, o gozo que
preferiu na Terra não o terá no mundo dos Espíritos, até que resgate a sua
falta através de novas provas, talvez maiores e mais penosas. Por seu amor aos
gozos materiais coloca-se na dependência dos Espíritos impuros; estabelece-se
entre eles um pacto tácito, que o conduz à perdição, mas que sempre lhe será
fácil romper com a assistência dos bons Espíritos, desde que o queira com
firmeza.
Conclusão:
Nós
espíritas, não acreditamos em superstições e crendices, não acreditamos no
acaso, ou que um gato preto, uma data ou até mesmo um talismã possam modificar
ou atrapalhar o andamento e o rumo das nossas vidas.
Reputar
a essas coisas legitimidade de decidir ou modificar nossas vidas, é passar
nossa responsabilidade a terceiros, esquecendo-nos da lei de efeito e causa ou
lei de ação e reação.
Somos
responsáveis por tudo que nós acontece, pois temos o livre-arbítrio e o poder
de tomar decisões a todos os instantes, o que automaticamente nos deixa
expostos as conseqüências dessas decisões, ou seja , causa e efeito, que
é comumente traduzido no espiritismo pela expressão “ a semeadura é livre,
mas a colheita é obrigatória.”
Superstição
é um sentimento religioso baseado no temor e na ignorância, o que induz ao
conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas, ou seja,
justamente ao contrario do espiritismo que não aceita dogmas, é baseado na fé
raciocinada onde tudo há um porquê e um motivo justo e racional para acontecer.
Como imaginar que um simples gato preto ou a presença
de uma inocente coruja no telhado possa significar males maiores? Como aceitar
a idéia de que o pé que primeiro pisa no chão, de manhã, possa determinar as
ocorrências do dia? E mais, como entender o absurdo de devemos sair pela mesma
porta que entramos? E que tipo de influência a roupa branca pode causar na
passagem de ano? Ou será mesmo que acreditamos que
bater três vezes na madeira pode alterar o rumo das coisas? E tem algo a ver
com a grandeza da vida o fato de ingerirmos certos alimentos em determinados
dias, por imposição de medos imaginários?
Ora, convenhamos! Nossa felicidade
ou nossa desdita estão determinadas pela postura e comportamento que adotamos.
São as opções de vida que determinam os acontecimentos. Opções de caráter reto,
digno, honesto, geram resultados de paz de consciência. Atos imorais geram
aflições, intranqüilidade. Algum absurdo nisto?
São os pensamentos, a intenção e a
vontade que atraem situações provocadoras de aflições ou sofrimentos. Pensando
no mal, alimentando inveja e ciúme, rancor ou sentimento de vingança, atraímos
exatamente essas ondas mentais que conviverão conosco e naturalmente
facilitarão ocorrências desagradáveis. O inverso também é real: pensando no
bem, nutrindo pensamentos de amor ao próximo, de confiança em Deus, estaremos
sintonizados com o bem geral que governa o Universo, para desfrutar de paz e
harmonia interior.
Gestos, roupas especiais, objetos
materiais, acessórios místicos, atitudes impostas por padrões que escapam ao
exame do raciocínio e da lógica, nenhuma influência possuem para nos proteger
ou mudar o rumo dos acontecimentos. Estes são sim alterados pela nossa decisão
e opção mental. Se achamos que o chamado “mal feito” vai nos atingir, estaremos
entregues à prisão mental que nós mesmos criamos.
Já é hora de nos libertarmos de tais
bobagens. Aprendamos a viver livres de superstições, tomando posse de nossa
herança de filhos de Deus que devem buscar continuamente o próprio
aperfeiçoamento, ao invés de nos prendermos a idéias impostas para criar medo e
dependência. Esses condicionamentos só existem na mente de quem os aceita. E
cada um de nós tem o dever de construir a sua e a felicidade alheia.
Afinal, vivemos para que? Satisfação
egoística, medos condicionados ou felicidade construída dia-a-dia?
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Estudo da História - Lançamento e queima de livros a 150 anos
No início de 1861, Allan Kardec lançava O Livro dos Médiuns – guia dos
médiuns e dos evocadores. No dia 9/10/1861, em Barcelona, foram queimados
centenas de livros espíritas, a maioria de autoria do Codificador, inclusive O Livro dos
Médiuns.
Um dos últimos Autos de Fé de nossa história, ao queimar os livros espíritas, não conseguiu destruir as idéias e o ideal. Ao contrário, o fogo resultou a fumaça que subiu alto e se esparziu… As idéias, o ideal e a difusão se fortificaram com o ato inquisitorial.
Da mesma forma, as perseguições e incompreensões perpetradas contra médiuns e líderes espíritas ao longo dos tempos, tão somente contribuíram para consolidar registros notáveis de exemplos e de dedicação.
Na atualidade, devemos cultivar o direito de manifestação e o da compreensão da diversidade religiosa, mas também é o momento adequado para se disseminar os princípios espíritas.
O fogo não deve ser empregado para a destruição, mas principalmente para a iluminação, à semelhança da candeia que deve ser colocada “sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa” (Mateus, 5:15).
Um dos últimos Autos de Fé de nossa história, ao queimar os livros espíritas, não conseguiu destruir as idéias e o ideal. Ao contrário, o fogo resultou a fumaça que subiu alto e se esparziu… As idéias, o ideal e a difusão se fortificaram com o ato inquisitorial.
Da mesma forma, as perseguições e incompreensões perpetradas contra médiuns e líderes espíritas ao longo dos tempos, tão somente contribuíram para consolidar registros notáveis de exemplos e de dedicação.
Na atualidade, devemos cultivar o direito de manifestação e o da compreensão da diversidade religiosa, mas também é o momento adequado para se disseminar os princípios espíritas.
O fogo não deve ser empregado para a destruição, mas principalmente para a iluminação, à semelhança da candeia que deve ser colocada “sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa” (Mateus, 5:15).
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Espiritismo - Da França ao Brasil
Na
Europa no século XIX, um fenômeno "sobrenatural" reunia pessoas em
volta de mesas girantes.
Perguntas eram
feitas a essas mesas, as respostas se davam através de batidas dos pés da mesa
no chão. Uma batidas significava um Sim, Duas batidas, um não.
Um Homem decidiu estudar este fenômeno, e descobriu
que havia Inteligência por trás destas mesas.
Eram Espíritos.
Deste estudo, no dia 18 de Abril, em Paris, foi
publicado "O Livro dos Espíritos". Livro financiado pelo próprio
Rivail, neste mesmo ano também é criado o seu famoso pseudônimo "Allan
Kardec".
A Obra ganhou opositores, sendo perseguida e praticamente
extinta na Europa após a Segunda Guerra.
Dom Palau em oposição queima mais de 300 obras
espíritas em Barcelona.
Porém haviam enviado verdadeiras jóias literárias
ao Brasil (Livros espíritas).
Atualmente é aqui que se encontra o espiritismo, em
grande quantidade. É o primeiro país com grande número de adeptos a doutrina
espírita.
terça-feira, 15 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
SOBRE O “ANENCÉFALO”. Texto de Irvênia Prada.
O STF - Supremo Tribunal Federal acaba de legalizar o
abortamento intencional do “anencéfalo”. Dezenas de hospitais em todo o
território nacional serão credenciados para cumprirem esse procedimento, com
treinamento de médicos e outros profissionais da área da saúde. Tanto
investimento... para se executar a morte de seres indefesos! Entramos
perigosamente em uma era em que mesmo na linha de produção da vida, não se
toleram imperfeições. Apresentou algum defeito? Vai para o descarte!
Como entender o que está acontecendo? Vamos por partes!
O que se entende por anencéfalo?
A Terminologia Anatômica
Internacional (lista oficial de termos anatômicos) considera como encéfalo, a
porção do sistema nervoso que se aloja dentro da cavidade craniana, sendo
composta pelo tronco encefálico, cerebelo, diencéfalo e cérebro (hemisférios
cerebrais). Portanto, os termos cérebro e encéfalo não são sinônimos, apesar de
serem utilizados vulgarmente como tal. Considerando-se que as partículas “a” e
“an” utilizadas como prefixo indicam ausência, supressão, negação, a rigor
anencéfalo seria o indivíduo sem encéfalo, isto é, com a cavidade craniana
totalmente oca, vazia, o que em absoluto, não é o caso desses fetos. Eles são
chamados de “anencéfalos”, mas não são anencéfalos. O correto seria dizer que
eles são portadores de “malformação encefálica” e por vezes, também de
“malformação craniana”, quando não se completa o fechamento superior da
cavidade óssea.
Como se caracteriza o encéfalo de um “anencéfalo”?
Cada caso é um caso, mas
uma coisa é certa: todo feto (chamado de) “anencéfalo” que se desenvolve de
maneira organizada no útero materno, formando um corpinho com características
humanas, com batimentos cardíacos e outras funções viscerais, tem preservada,
pelo menos, a porção mais profunda do encéfalo, que o neurocientista Wilder
Penfield nomeia de “tronco cerebral alto”, e que incluiria o tronco, o
cerebelo, o diencéfalo e a base dos hemisférios cerebrais. Esse tronco cerebral
alto, que todo anencéfalo tem, sustenta os mecanismos neurofuncionais da
respiração, do rítmo circadiano de sono/vigília, dos batimentos cardíacos, do
peristaltismo gastrointestinal, do controle de temperatura orgânica, do
controle vasomotor, do controle de motoneurônios e de “gates” nas vias neurais
da dor.
O que geralmente falta é a porção mais superficial dos hemisférios cerebrais, isto é, partes maiores ou menores do córtex cerebral, que é a camada de substância cinzenta que reveste externamente os hemisférios cerebrais.
Os “anencéfalos” têm espírito?
O conceito equivocado de
que o “anencéfalo” não tem cérebro, leva muita gente do meio espírita a
concluir, também equivocadamente, que “não tendo cérebro, não deve ter
espírito”, o que poderia justificar a indicação do aborto. A Dra. Marlene
Nobre, em artigo na Folha Espírita, no. 368, esclarece: “...os corpos para os
quais poderíamos afirmar que nenhum espírito estaria destinado seriam os dos
fetos teratológicos, monstruosos, que não tem nenhuma aparência humana, nem
órgãos em funcionamento”. Portanto, este não é o caso dos “anencéfalos”. A
questão 356 b de O Livro dos Espíritos também é bastante elucidativa.
Pergunta-se: “Toda criança que sobrevive tem necessariamente, um espírito
encarnado?” Resposta : “Que seria ela, sem o espírito? Não seria um ser
humano”.
Como nos esclarece a literatura espírita, a ligação da consciência com o corpo físico se faz com a implicação de estruturas integrantes do tronco cerebral alto, que todo “anencéfalo” tem (inclusive a glândula pineal), conforme se lê nas obras de André Luiz “Evolução em Dois Mundos”, capítulos IX e XIII, “Entre a Terra e o Céu”, capítulo XX e Missionários da Luz, capítulo 2.
É importante que se tenha em mente: todo feto que se desenvolve no útero materno, formando um corpinho com características humanas, com batimentos cardíacos e outras funções viscerais, mesmo sendo portador de malformação encefálica, é um espírito reencarnante na vigência de difícil prova, necessitando mais do que nunca, da misericórdia e do amor de todos nós.
Os “anencéfalos” podem sobreviver?
Segundo a Sociedade
Brasileira de Genética Médica, em mais de 50% dos casos, a morte do feto se dá
ainda durante a gestação. Alguns vivem por horas, semanas, meses ou alguns
anos, após o nascimento. Existem na mídia, relatos emocionantes de vários casos
de “anencéfalos” que vivem por períodos mais dilatados, cercados pelo amor dos
pais e outros familiares e assim vão vencendo as suas dificuldades
reencarnatórias.
Especialmente para nós, que nos dizemos espíritas, o tempo de vida que se supõe para uma criança, não pode representar critério para se decidir quem deve viver e quem deve morrer. Por vezes uma curta gestação é o tempo de que o espírito precisa para se recompor de algum problema em seu perispírito. Além do mais, não fomos nós que criamos a vida, nem sequer a dos nossos próprios filhos. Ela é um bem outorgado. Cada novo ser que se forma a partir da célula ovo (zigoto) é único no universo e a sua vida não pertence à família, ao estado, ao médico e nem aos ministros do STF, mas somente a ele mesmo e Àquele que o criou.
Especialmente para nós, que nos dizemos espíritas, o tempo de vida que se supõe para uma criança, não pode representar critério para se decidir quem deve viver e quem deve morrer. Por vezes uma curta gestação é o tempo de que o espírito precisa para se recompor de algum problema em seu perispírito. Além do mais, não fomos nós que criamos a vida, nem sequer a dos nossos próprios filhos. Ela é um bem outorgado. Cada novo ser que se forma a partir da célula ovo (zigoto) é único no universo e a sua vida não pertence à família, ao estado, ao médico e nem aos ministros do STF, mas somente a ele mesmo e Àquele que o criou.
A mãe que gesta um “anencéfalo” corre riscos em sua saúde ?
Estudos realizados na
Universidade Federal de São Paulo indicam que metade das mulheres com gestação
de “anencéfalos” apresenta variações no líquido amniótico. Como esses fetos de
modo geral têm dificuldades de deglutir esse líquido, ele se acumula em
quantidade maior na bolsa amniótica. Os cuidados médicos são portanto
necessários, como em qualquer gestação, pois são muitas as situações, além
desta de que estamos tratando, em que os riscos para as mães, podem ser
maiores.
Pode haver conseqüências negativas para a mãe que aborta?
O Dr. Gilson Luis Roberto,
presidente da Associação Medico-Espírita do Rio Grande do Sul, autor de um dos
capítulos do livro “A Vida do Anencéfalo. Aspectos científicos, religiosos e
jurídicos” (AME – BR, 2009)”, chama a atenção para o fato de que hoje há muitas
pesquisas indicando o pulso inconsciente do chamado “luto incluso”, ou seja, de
um luto que não foi efetivamente vivenciado, uma vez que o feto abortado não é
sepultado, pois ele é incinerado juntamente com outros “resíduos hospitalares”.
Esse luto que foi negado permanece no sub-consciente da mãe gerando, a médio
prazo, perturbações mentais alicerçadas no sentimento de culpa, no remorso e,
como sabemos, nos processos obsessivos que normalmente aí se instalam. Nenhum
de nós, continua o Dr. Gilson, que defende a vida do feto, está alheio ao
sofrimento da mãe e da família. Mas, o aborto intencional está longe de ser a
solução. É imperativo o amparo estatal e a fraternidade de familiares e amigos
no cuidado de ambos, mãe e filho, pois mais do que ninguém, nós espíritas
sabemos da necessidade dos reajustes reencarnatórios e do aprendizado de novas lições,
que atinge a todos nós. O que dizem os favoráveis ao abortamento Mesmo em se
considerando apenas aspectos científicos no caso dos “anencéfalos”, muitas são
as opiniões equivocadas que circulam pela mídia – “esse feto sem cérebro não
tem condições de viver”; “já é um feto morto”; “é um computador sem
processador”; “a mãe carrega em seu útero um cadáver”... Infelizmente, também
não encontram fundamento algum dentro da Neurociência e da Psiquiatria, segundo
meu entendimento, os textos correspondentes aos votos dos oito ministros do STF
que se pronunciaram favoravelmente ao abortamento intencional do “anencéfalo”,
conforme matéria da Folha de São Paulo – C1, de 13 de abril/12: “O feto
anencéfalo é incompatível com a vida” (Ministro Marco Aurélio Mello – relator);
”Não há interesse em se tutelar uma vida que não vai se desenvolver
socialmente” (Ministra Rosa Weber); “O feto anencéfalo não tem viabilidade de
desenvolver uma vida extrauterina” (Ministra Cármen Lúcia); “O feto anencéfalo
não está vivo e sua morte não decorre de práticas abortivas” (Ministro Celso de
Mello); “O aborto neste caso, zela pela saúde psíquica da mulher” (Ministro
Gilmar Mendes). Pelo contrário, senhores ministros, tudo o que hoje sabemos dos
“anencéfalos” somente vem a favor de uma firme postura contra seu abortamento
intencional e sua eventual disponibilidade como doadores de órgãos. Como nós,
ele também são seres humanos e merecem todo o nosso respeito, até porque se
encontram fragilizados e precisam de amor, de muito amor, e não de uma sentença
de morte.
Como é difícil convencer os abortistas, mesmo através de argumentos apenas “científicos”, uma vez que por premissa eles se mostram refratários a posturas religiosas. A Dra. Marlene Nobre – presidente da AME (Associação Medico-Espírita) do Brasil e eu estivemos presentes em uma audiência pública em que se discutiu a questão do abortamento do “anencéfalo”, no STF em Brasília, em setembro de 2008 e lá tivemos oportunidade de expor aos senhores ministros e aos participantes, todos os argumentos possíveis, em favor da vida desses pequenos seres indefesos. Quando nos retirávamos do recinto, uma pessoa da mídia nos abordou, elogiou nosso esforço, mas nos alertou para o fato já conhecido, de que na cabeça petrificada “deles” não entraria mais nada... e foi o que aconteceu!
Preocupações que surgem
A decisão favorável do STF pela interrupção da gestação de “anencéfalos”, com o tempo pode se ampliar para outros casos, pois existem várias anomalias congênitas graves, como a agenesia renal bilateral (ausência de formação dos rins), a holoprosencefalia (ausência de formação do lobo frontal do cérebro) e malformações cardíacas e cerebrais múltiplas, alem de aberrações cromossômicas. Quem vai conseguir limitar o grau de abertura dessa lamentável decisão?
Concluindo...
Dos dez ministros do STF
que votaram em relação ao abortamento do “anencéfalo”, houve apenas dois votos
contrários, o do Ministro Ricardo Lewandowski e o do Ministro Cézar Peluso. O
primeiro alegou razões de ordem, referindo que a decisão do assunto não cabia
ao STF, mas sim ao Congresso Nacional, enquanto o segundo votou pelo mérito da
questão, declarando: “O feto anencéfalo está vivo. Assim, a interrupção da
gestação é crime tipificado como aborto”. Parabéns, Senhor Ministro, por ter
apreendido o verdadeiro sentido da questão e por ter tido, solitário, coragem
de respeitar a vida cumprindo assim, com dignidade, o papel que lhe foi
outorgado, de executor da verdadeira justiça.
Sou atuante nos movimentos de defesa e proteção dos animais e tantas vezes me peguei entristecida pela maneira como eles são (mal) tratados por seres humanos insensíveis.
Agora, pergunto como qualificar esse sentimento que me invade, frente à “coisificação” de um pequenino ser humano completamente fragilizado e indefeso, em formação dentro do útero de sua mãe! “Coisa” que se resolve descartar porque incomoda, fere a “dignidade da mulher”, como postulam os defensores do aborto. Aliás, eles não gostam que se chame o procedimento que recomendam, de “aborto”, mas sim de “antecipação do parto”! Como bem referiu Lenise Garcia, do “Movimento Brasil sem Aborto”, “Já temos um problema concreto: a criança nasce viva, mas está juridicamente morta, segundo o STF. Ela vai ter certidão de nascimento ou de morte?”
A Madre Tereza (de Calcutá) tinha razão ao dizer: - “O aborto provocado é uma das minhas maiores cruzes; é a barbárie contra a paz do mundo, porque se uma mãe é capaz de matar o seu filho, o que pode evitar que nos matemos uns aos outros?”
Irvênia Prada é médica veterinária, Professora Titular Emérita (aposentada) da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, com especialização em Neuroanatomia. Membro da Associação Medico-Espírita do Brasil, atuante na divulgação da Doutrina Espírita.
Deus não dá presentes
Se ficarmos acomodados esperando que as coisas "caiam" dos céus enviadas por Deus, dificilmente conseguiremos realizar nossos sonhos. Correr atrás e batalhar com o suor dos nossos esforços costuma dar mais certo.
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