Cada ato de agressividade que ocorre neste mundo tem como origem básica uma criatura que ainda não aprendeu a amar.
O massacre na escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro nos remete a uma questão. Por que tamanha crueldade?
O ser espiritual é produto de um processo contínuo de existências (encarnações), saindo do princípio inteligente com destino a perfeição em todos os aspectos.
Hoje somos melhores que ontem e mesmo assim ainda possuímos inúmeros defeitos e falhas morais a serem corrigidos. Praticamos muitas vezes atos dos quais não nos orgulhamos nem um pouco.
Ao observar o mundo em que vivemos e as pessoas é fácil concluir que existem idivíduos em diferentes níveis evolutivos, umas com a moral mais desenvolvida e outros que ainda estão endurecidos nos maus sentimentos e instintos mais primitivos.
A violência está dentro de cada ser neste mundo e apresenta-se nos mais diferentes níveis. Ela vem de um estado de insatisfação interior e é produto de vários fatores.
A violência é quase sempre covarde e é exercida contra quem não pode se defender. Ela não é somente física, mas pode ser também verbal, nos casos de bullying, por exemplo, onde se procura destacar algo que venha a constranger a vítima. Existe violência doméstica na qual o marido agride a esposa ou os pais oprimem e agridem seus filhos.
Todos esses fatores somados a natureza má que ainda existe em determinado ser, pode gerar um resultado desastroso como aquele visto no Rio de Janeiro.
A Crueldade existe desde os tempos primitivos, onde a matéria ainda preponderava sobre os homens que viviam somente em função de sobreviver e se alimentar, tornando-se cruéis por conseqüência.
À medida que a criatura vai sendo educada, sua consciência se expande, fazendo com que ela deixe para trás seus maus sentimentos e instintos primitivos, cultivando cada vez mais os bons sentimentos, evoluindo sempre mais e mais.
No momento da raiva é comum julgarmos e taxarmos de monstro pessoas como o infeliz rapaz Wellington Menezes de Oliveira. Devemos lembrar que Jesus foi vítima do maior ato de violência e crueldade da história e nem por isso nutriu sentimentos de raiva ou vingança contra a Humanidade. ”E, quando chegaram a um lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, juntamente com dois malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Mesmo diante do sofrimento, Jesus dizia: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”
O grande número de pessoas ali presente representava a violência humana; para elas não havia sequer um laivo de maldade em suas ações, e se ofenderiam, certamente, se fossem acusadas de perversas. Jesus, no entanto, as entendia em sua infância espiritual.
Todos nós, na atualidade, preocupados em saber como lidar com a violência, que explode de tempos em tempos no seio da sociedade terrena, devemos sempre fazer uma busca interior para compreender integralmente o significado majestoso dessa atitude de entendimento, perdão e amor que Jesus Cristo legou para toda a humanidade.
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