A tragédia no Rio de Janeiro, é claro, chocou a todos nós brasileiros. Entretanto, são nestes instantes de dor e sofrimento que se faz necessário o equilíbrio e a ponderação. Desde o momento da tragédia não cessamos de ouvir inúmeros argumentos ditos no calor das emoções: “aquele assassino é um monstro”, “o ultimo tiro deveria ter sido o primeiro”, “devemos rever o estatuto do desarmamento”, “aquele rapaz não é um ser - humano”, dentre outras palavras proferidas sem o menor senso crítico. A realidade é que em uma tragédia dessas a mídia e a opinião pública gera um desserviço para todo o País. É urgente que desenvolvamos um senso crítico e não deixemos que a mágoa e a dor reproduzam idéias perigosas que aumentem ainda mais as mazelas da nossa sociedade.
A doutrina espírita prega o uso da razão. Diante de acontecimentos como o do Rio de Janeiro devemos ter cuidado em emitir juízos de valor para que não se complique ainda mais a situação. Tantas tragédias no mundo foram provocadas por convicções pessoais e preconceitos que não passaram pelo crivo racional.
Assim, percebemos que enquanto a nossa mídia coloca aquele jovem como um monstro, esquecemos que ele é o resultado da opressão de uma sociedade egoísta, com padrões que nem todos conseguem obter. É ainda resultado de um governo que não sabe lidar com as questões psicológicas dentro das escolas. Portanto, enquanto muitos taxam este rapaz de psicopata, muitos outros estão sendo “formados” nas escolas de todo o país vitimas do preconceito e do bullyng.
A humanidade carece urgentemente de senso-crítico. Se a cada tragédia usarmos as nossas convicções para resolver os problemas estaremos apenas alimentando o círculo da desgraça neste nosso mundo de sofrimento
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